Entrevista a Kenny Stones dos Nightmare for Saints



Provavelmente não têm a noção mas em portugal já se aderiu muito ao Core e a esse tipo de música com um carácter mais pesado. Existem várias bandas espalhadas por aí no nosso pequeno país e muitas delas nem são muito conhecidas. Graças a redes sociais como o Youtube, o Myspace e o Facebook encontram-se bastantes bandas talentosas mas menos conhecidas.
Na semana passada, deparei-me com uma banda chamada Nightmare For Saints graças a um vlogger no youtube, esse sendo o vocalista dessa mesma banda.
Fiz o Download do EP que estava no seu myspace e gostei do que ouvi.
Entrei em contacto com Kenny Stones e ele aceitou amigavelmente a nossa entrevista






DM: Desde já agradeço por teres aceitado o convite para esta entrevista
KS: Ora essa, agradeço eu por me terem convidado
DM: Tens que Idade ao certo?
KS: 16 anos feitos este ano
DM: E os outros membros da banda?
KS: Entre os 16 e os 18 anos
DM: Sendo tão jovens, o que vos inspirou a criar música de carácter tão pesado?
KS: Bem, eu oiço este tipo de música desde há uns anos, estou obviamente a falar de Metal pesado. Sempre fui fã de Rock como Guns N’ Roses, Queen, Rolling Stones, Kiss e mais até porque os meus pais e o meu tio ouviam. A partir daí fui conhecendo vertentes mais pesadas e vi que as músicas mais pesadas causavam-me grande impacto. Estou falando ainda de Slayer, Megadeth, Iron Maiden, Black Sabbath.
DM: Mas quem ouviu o vosso EP teve em conta outras influências ainda mais pesadas e menos comuns, inspiraram-se em mais alguém?
KS: Claro, o nosso conhecimento musical não se resume às mainstream bands e obviamente baseámo-nos noutro tipo de bandas.
DM: Exemplos dessas bandas
KS: Suicide Silence, Dr.Acula, enter shikari, Bring me the horizon, Cancer Bats, Necrotorture, Darkness Dynamite, Slayer, Job for a Cowboy, Architects, Converge, Mr. Owl e outras
DM: Muito core e algum Thrash, notei muita influencia de Bring me the horizon no EP, basearam-se muito neles?
KS: Difícil explicar, Bring me the Horizon é uma banda que vai mudando de musicalidade em quase todos os álbuns e pessoalmente, como vocalista e compositor das músicas, inspiro-me mais em Suicide Silence apesar de não deixar de gostar de Bring me.
DM: Foste o compositor de todas as músicas do EP?
KS: Todas não, houve ideias de outros membros, mas quase todo o EP foi composto por mim.
DM: Segundo o que percebi das Letras são uma banda muito céptica e agnóstica, estou certo?
KS: Sim, as nossas músicas reflectem muito a minha maneira de pensar e no que eu acredito e não acredito, gosto que assim o seja
DM: Já estás/estão a planear novos projectos?
KS: Sim, claro já fizemos algumas Demos, tencionamos alterar um pouco a nossa musicalidade, vou cantar um pouco nas músicas, os temas vão ser mais ou menos os mesmos
DM: vão seguir um caminho mais soft ou continuar por caminhos do core?
KS: Vamos continuar a fazer o que fazemos, não gosto muito de catalogar a minha banda como um determinado estilo ou tipo musical
DM: Isso leva-me a outro tema, que achas de todos os Sub-géneros criados recentemente em volta do Hardcore?
KS: Para ser sincero, acho um bocado desnecessário. Existe o Metalcore, o Grindcore, o Deathcore, o Hardcore, o Softcore, o Britcore, o techcore, o mathcore e taantos! que eu já nem percebo o que é cada um dos sub-géneros. É tudo uma espécie de Metal, não se devia complicar
DM: Então como consideras o som da tua banda? Ás vezes catalogar uma banda não é mau, é bom para se criar uma antecipação
KS: Não gosto de ser eu a catalogar, acho que quem ouve é que devia catalogar a minha banda. Há muitas bandas que caem no erro de catalogar as próprias bandas e nunca dá bom resultado
DM: Já tiveste mais alguma banda antes desta?
KS: Sim, tive 4 bandas antes desta mas nunca deram grande resultado, uma delas apareceu na loud! na edição de portugal de metal, mas nunca deu em nada
DM: Como se chamava?
KS: Day 69
DM: Outra coisa que acho interessante é que tu tens vários projectos paralelos, és um vlogger já bem sucedido no youtube, tens um projecto a solo e ainda estudas, consegues lidar com isso tudo?
KS: Simples, faço um pouco de tudo no pouco tempo que tenho, estou a lutar pelos meus sonhos e isso em si é suficiente para lidar com tudo.
DM: E também podes concordar que algumas coisas se interligam, como por exemplo a descoberta da tua banda graças a uma certa popularidade no youtube
KS: Sim, é verdade, o youtube ajudou-me bastante na minha "carreira" musical e é sempre uma boa ajuda para divulgar o meu trabalho.
DM: Tens alguém em especial para agradecer, tanto em termos de apoio e ajuda?
KS: Obviamente, os meus pais e a minha irmã, a minha melhor amiga, a solange pacifico, a minha banda, recentemente a joana, e todos os meus amigos, eles sabem quem são porque me têm apoiado sempre
DM: Muito bem, obrigado por teres participado
KS: Ora essa, obrigado eu